segunda-feira, 18 de abril de 2016

depois de ontem


Hoje é resultado de ontem que trará consequências para o amanhã e provavelmente nem eu nem você estarems aqui para ver. Mas, refletindo sobre o que aconteceu ontem, chego à conclusão de que estou com medo não só desse futuro incerto no qual podem ressurgir sombras do passado perseguindo e matando a verdade.
Especialmente hoje o meu medo é desse momento atual, do tanto de gente que aplaudiu o discurso de Jair Bolsonaro ontem durante o processo de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Queria simplesmente não ter conhecimento, queria beber da água da ignorância, estar à margem de tudo isso, não me importar, queria não saber que a Ditadura Militar foi um dos piores (senão o pior) momentos que o Brasil vivenciou, só pra não ligar para o que aconteceu. Vejo pessoas retomando a vida num boa, tranquilas, como se nada as atingisse. Tenho inveja delas: hoje eu quase não consegui viver, me sentia desolada, parecia que estava de luto. E estou. Por todos que sofreram e lutaram e morreram durante a Ditadura Militar, estou de luto, porque ontem, aquele infeliz, canalha foi aclamado, aplaudido e ovacionado com seu discurso homenageando os militares de 1964, e em especial a um torturador da Ditadura. Meu Deus! Ainda não acredito que vi/ouvi isso! estou perplexa como um cara desse ainda tem apoio do povo? Não. Eu não quero viver para reviver os horrores da Ditadura Militar. Não, eu não quero viver num país em que muitas pessoas apoiam esse crápula. Não. Meu voto é não! E não venham pra cá com 'discursinhos' de falsa moral. Eu quero que esse Deus de vocês esteja muito, muito, mas muito longe de mim, porque eu O odeio e odeio também todos aqueles apoiam torturadores, que agem como torturadores, que votam em torturadores. Aonde Jair Bolsonaro e sua corja estiver, eu estarei do lado oposto! E como eu vi numa imagem qualquer com ao foto do Marighella do lado: "A única luta que se perde é aquela que se abandona". Então, foices e martelos na mão, vamos à luta!






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