sexta-feira, 18 de setembro de 2015

0232 (minha versão do 666)

(seis meses se passaram desde o último texto).


Neste momento, pensando no tanto de tempo que eu fiquei sem escrever, me lembro do poema de Mário Quintana (666) e penso que além de poeta ele era também um ser humano à frente do seu tempo, que sabia melhor que qualquer um falar sobre o tempo.:
"Quando se vê já é sexta-feira".

Em seis meses eu fiz tanta coisa, mas mesmo assim, bem menos do que pretendia...
No mês de abril, eu fui pro Rio, revi pessoas que não via há 9 anos (como os pais da Lu), minha eterna cunhada (Mariluci), quem eu vi pela última vez na minha formatura - há quase 3 anos - e minha Makhy, que eu não via há um ano, mas parecia que tinha se passado uma eternidade!


Em maio eu completei o primeiro mês que a carteira de trabalho foi assinada, desde então, sou trabalhadora formal (finalmente) Ufa! rsrsrs


No mês de junho, meus pais vieram me visitar, e eu começo a acreditar que não sinto mais falta do São João da Bahia. Porque quando meus pais estão aqui, eles preenchem todos os espaços, todas as lacunas, eles me completam de tal forma que nada que seja exterior me importa ou me preocupa. Meus pais e meu irmão são, para mim a tradução mais completa e fidedigna do que é o amor.


No mês em que completei 28 anos eu recebi bem mais do que merecia, e mesmo assim, o que eu mais queria não consegui realizar ainda. A verdade é que, todo mundo me encheu de carinho, de atenção, de palavras, pensamentos e gestos bons, mas mesmo assim eu ainda me sinto insatisfeita porque não atingi minhas metas pessoais - paciência, né? - tudo no seu tempo, como diria Mário Quintana: "E se me dessem um dia, uma outra oportunidade, eu nem olhava o relógio".


Em agosto, os 4 anos de namoro se completaram. Como diria a canção Nosso Pequeno Castelo: "Acontecerá"...
Ah! E claro, a viagem para a Europa. Pela primeira vez viajei para fora do Brasil. E sim, foi melhor do que imaginei, sim, superou minhas expectativas. Sim, eu amei tudo: o voo longo, a organização das ruas e avenidas das cidades alemãs e holandesas, a limpeza dessas cidades, a sinalização dos lugares, o ar mais frio, mesmo no verão europeu; as flores, as bicicletas, os casais de idosos ocupando os espaços, a quantidade de gente do mundo todo reunida num único lugar, a casa de Anne Frank, os sorvetes e milk shakes do Shop Point, as lasanhas italianas, o espetáculo do Roncalli's Apollo Varieté! Tudo muito lindo e organizado, limpo e bem cuidado, tudo tão tranquilo e seguro...
 Mas não, eu não trocaria o Brasil - e os brasileiros que aqui vivem - nem pela Alemanha e nem pela Holanda - que foram os países que eu conheci. Me arrisco a dizer, inclusive, que não trocaria este lugar onde estou por nenhum país europeu (com exceção da Itália). Talvez não troque por nenhum outro país do mundo, mas eu não conheci o Canadá ainda, nem o Japão, nem o México...


No retorno para o Brasil, recebi minha Ninha Edry pela primeira vez na casa dos meus pais. Nossa amizade se fortaleceu tanto desde que nos conhecemos que não há um só ano em que a gente ficou sem se vê nos últimos 9 anos! ^^

E então, setembro chegou, o mês do aniversário do meu irmão, que foi e é o melhor presente que eu já recebi, feito sob medida pelos amores da minha vida!


Mário Quintana, por favor, me ensina como é que faz para jogar pelo caminho a casca dourada e inútil das horas?

Há tanta coisa que eu ainda quero em 2015!