terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Saramagoando-me*

Fui lá somente para pegar o material que eu vou precisar para concluir minha pesquisa. Nada além disso, eu juro!
O tempo está se exaurindo e eu ainda preciso mergulhar mais profundamente em alguns conceitos preliminares, os quais só são possíveis de encontrar nessas referências. Portanto, eu não posso desviar a atenção.
Mas, ali no canto, na prateleira oposta à minha busca, como se só estivesse aguardando o meu olhar, eu, enfim, o encontrei. Parecia tão perdido, desolado, sozinho, enclausurado...
Quando o encontrei meus olhos brilharam, e o sorriso se abriu, como se eu tivesse encontrado um tesouro escondido.
Não resisti: foi amor à primeira vista, no nosso caso, à quarta vista, rsrsrsrsrsrs.
Não sei explicar essa minha paixão pelo José Saramago. Mas o fato é que cada obra dele há algo que me instiga, algo que me cativa, algo que me intriga e fascina...
Quando eu li Ensaio sobre a cegueira - após já ter visto o filme - fiquei pensando na tamanha inteligência desse ser humano incrível que ele foi... E a obra que ele nos deixou com certeza é resultado dessa perspicácia e sabedoria de vida.
E então, veio Ensaio sobre a lucidez, o qual eu li no momento mais oportuno possível: na época das eleições, quando ficamos realmente cegos, como no Ensaio sobre a cegueira. Não é à toa que os títulos são semelhantes e a história continuada. Afinal, a brancura e a cegueira são quase sinônimos, e neste momento eu me arrependo profundamente, amargamente, absurdamente por não ter votado em branco nas últimas eleições.
Então, para começar bem o ano, li As intermitências da morte, procurei por tanto tempo este livro, que não tem na biblioteca da UFES, e ele veio até mim assim: de "mãos beijadas"...
Ah, José Saramago, eu seria incapaz de olhar para As pequenas memórias e não te trazer para casa. Eu, que de alguma forma estou pesquisando sobre as memórias dos professores, não poderia deixar passar em branco as tuas pequenas memórias, meu querido! Só se eu não estivesse lúcida! rsrsrsrsrs.
Não sei o que me espera, mas vindo de você, Saramago, eu tenho certeza que cada linha, cada palavra, cada lição e ensinamento não será perda de tempo, ainda que o meu tempo esteja cada vez mais escasso, como a água da torneira nesses últimos meses.
Mas a sua leitura mata minha sede, me amplia a visão e me devolve a razão!
;)

domingo, 1 de fevereiro de 2015

2015 há mais de um mês...

Meu Deus!!!

Fevereiro de 2015 já chegou. E eu ainda aqui, com esses sonhos, essas expectativas, cheia de vontades e planos...
Daqui a pouco o carnaval começa e eu só peço que chova!
2015 começou quente, fervendo, queimando... E eu tão acostumada a viver na cidade Sol, clamo urgentemente aos deuses por chuva! Afinal de conta, somos 75% água.
O tempo está passando tão rápido que eu não tive tempo de escrever (dá para acreditar?), mas consegui ler 2 livros nesse primeiro mês que se foi... Minha meta será dois por mês, para compensar o pouco que li no ano que passou...
Conheci outra cidade do Espírito Santo - Piúma - que por sinal, é linda, encantadora e cheia de gente massa. Com isso a saudade da Bahia foi amenizada e... bom, trabalhei, trabalhei o máximo que pude! malhei, porque afinal de contas os 30 já estão batendo na minha porta e eu aqui do lado de dentro grito com força: "Calma! Espera mais um pouquinho que já vou abrir".
Mas, definitivamente, a melhor parte desse primeiro mês que se foi: aproveitei cada segundo em que minha família esteve comigo. Cada vez mais me convenço que sem eles eu não sou absolutamente nada! Minha família é minha vida e eu sei que isso soa muito clichê, mas é sério, eu juro! Não há o que eu não faria pelos meus amores...
Mas agora fevereiro chegou e eu preciso organizar meus horários para que essas 24 horas por dia possam se multiplicar, sendo bem aproveitadas.
E são tantas coisas que eu preciso fazer, refazer, concluir, desconsiderar, começar e recomeçar e esquecer, ignorar...
O detalhe? Bom, é que eu sou uma pessoa muito pragmática e simultaneamente me distraio com imensa facilidade. Então, como faço para lidar com essa esdrúxula dualidade??? Só vivendo e tentando para saber, não é mesmo???
E por falar em viver... Em dias como hoje eu me pergunto, à luz de Clarice Lispector, viver é tão pouco para o que eu almejo... Eu quero muito mais! Não quero só existir, e me desculpe se digo assim, não entenda como depressão. Eu simplesmente só não queria ter de me acostumar, a me contentar com só isso... Embora estar vivo já pareça ser o bastante!
Eu já deveria estar agradecida pela oportunidade de viver e tenho consciência de que sou privilegiada, sortuda, agraciada ou chame do jeito que você preferir, mas o fato é que eu realmente deveria estar conformada com a vida, com esta vida, com a minha vida, e no entanto, não me sinto satisfeita. Há muito excesso na minha falta, ou muita falta no meu excesso, de modo que não sei explicar e então, se por acaso você entender, me faça o favor, por gentileza, de me falar, de me explicar, ficarei muito agradecida. Talvez um psicólogo resolva isso, ou quem sabe aquele livro do Mário Quintana?!
Após essa desnecessária divagação, eu volto ao tema central: o segundo mês do ano iniciou e há "trocentas"coisas para eu fazer. Não sei você, mas eu tô aqui com a agenda lotada. Mas, mesmo assim, se depender de mim, sempre haverá tempo, espaço e lugar para pessoas que só de ver sorrir já me fazem feliz! ;)
Agora eu entendi: o sentido do meu viver é ver você sorrir! =D
Então sorria, que neste momento eu estarei em estado de nirvana completo!