quinta-feira, 13 de novembro de 2014

talvez, amanhã*


Não. Hoje não.
A maré não está pra peixe.
Nem as palavras para este texto.

Hoje está um dia sombrio, voltou a chover...
E as palavras insistem em desaparecer.
Ratifico: hoje não tem como escrever!

Amanhã, talvez...
Quem sabe as palavras surjam de uma vez...
E me façam esquecer que hoje eu fui um bordão, um mero clichê!

Que coisa é essa? rasa, rasteira, barata, vaga...
Sobra rima, mas falta palavra.
Essa minha poesia de tão rala só precisa de uma coisa:
uma nova alvorada!

É, hoje não dá para disfarçar:
o mar não está bom para se banhar...
Nem adianta tentar embarcar!
Estas poucas palavras não vão deixar...

Talvez, amanhã eu consiga pular;
pode até ser que eu vá nadar...
quem sabe até mergulhar...
Mas, hoje, não adianta nem orar,
porque antes de cair no mar 
a chuva vai se encarregar 
de tudo molhar, 
de tudo lavar, 
de nos purificar!
Por hoje é só, vou deixar passar a ventania*

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