segunda-feira, 20 de outubro de 2014

teatralizando-me

Foi uma semana inteirinha me teatralizando: o Festival Nacional de Teatro, na cidade de Vitória, aconteceu do dia 13 a 19 de outubro, e só para registrar: com entrada franca! Pra que melhor???
No primeiro dia, o espetáculo que abriu o festival foi Alice no país das maravilhas, do grupo Giramundo - MG. Sim, aquele mesmo que fez uma participação, mais que especial na gravação do DVD do Pato Fu - Música de Brinquedo:
https://www.youtube.com/watch?v=pj7qsUzpxFE
Apesar de eu e meu irmão termos ficado mais de duas horas na fila esperando para entrar no Teatro Carlos Gomes, valeu a pena! Mas foi por pouco mesmo, ainda bem, que durante a espera conheci um miniero muito bem disposto a entrar no teatro mesmo que ficasse em pé para assistir ao espetáculo, eu o reconheci logo - esse é um dos meus: um apaixonado pelo Teatro!!! Quando finalmente eu consegui entrar, o espeáculo tinha 15 minutos que havia começado. Tudo bem, foi emocionante estar ali... A história de Lewis Carrol sempre me fascina, e o grupo Giramundo é incrível!!!
Segundo dia, eu e meu irmão fomos mais cedo para pegar o ingresso, quem estava à nossa frente? Uma mineira super gente boa (comecei a perceber que tenho uma admiração especial pelo povo de Minas) conversamos, nos identificamos e combinamos de assistir juntas ao espetáculo Credores, no Tearo Universitário da UFES.

Muito legal: a proposta, o roteiro, os artistas, a discussão depois que a peça encerrou. Afinal, somos todos credores e devedores. No final das contas, tudo o que damos seja dinheiro, amor, comida, alegria, esperança ou apenas uma boa companhia, queremos de volta. Queremos em dobro*
Então na quarta-feira eu amanheci com a garganta inflamada, tive febre, dor no ouvido e o corpo todo moído. Eu poderia apenas tomar os remédios e repousar em casa. Resolvi apenas tomar os remédios e ir assistir o espetáculo A comédia da panela, do grupo capixaba Rerigtiba, no Teatro do SESI. Eu e meu irmão já tínhamos combinado com minha amiga, aquela que eu conheci num dia qualquer almoçando no restaurante universitário (ru) da UFES, que nós iríamos, e não seria nenhuma dor de garganta que me impediria. Porém, cheguei atrasada, mas ela estava lá e ainda conseguimos assistir o finalzinho da peça. Parecia muito legal: cheia de cores, músicas, e animadores. Para não ficar na vontade, fomos assistir o espetáculo Colorido ao Cinza, no Teatro da UFES. Dessa vez, chegamos com bastante antecedência. E, como ela havia pensado (parecia até que já sabia), a peça se tratava das relações humanas, nas quais optamos por enxergar as coisas de foma cinza, ou colorida. Eu, que adoro dias cinzentos, sou uma apaixonada pelas cores, contraditório? Vai saber!

No quarto dia, eu e meu irmão fomos com nossas amigas, aquelas que moram próximo à UFES, assistir ao espetáculo Um grito parado no ar, no Teatro Carlos Gomes. E foi sensacional - apesar da febre me avisar que não era para eu estar lá! Imagine um espetáculo que fala do processo de criação de uma peça, das dificuldades enfrentadas pela companhia de teatro, e tudo isso com riso, choro, emoção, é a arte de fazer teatro, pura!

Então meu irmão viajou. Mas, já que a febre passou, e que a minha amiga, aquela que eu conheci no show do Humberto Gessinger, confirmou presença, então eu fui com as meninas do dia anterior assistir, no mesmo Teatro Carlos Gomes, o espetáculo Humor, e nem vai pensando que foi uma peça de comédia, porque é genuinamente um drama, daqueles em que a gente passa horas pensando e se questionando mesmo depois que ele acaba.  

Quinto dia. Lembra da minha amiga que eu conheci no ru? Pois é, fomos juntas assistir ao espetáculo Alladim, no Teatro SESC Glória, reformado, belíssimo, cheirando a tinta fresca ainda, com aquela cortina vermelha e detalhes dourados na borda. Fiquei encantada! E, apenas para fins de registro mesmo, recebi de uma menina linda o ingresso deste espetáculo, que era do tio dela, mas o qual não poderia mais ir assistir a peça. Quando ela me entregou este papelzinho me senti quase que ganhando na loteria, e olha que a entrada era franca. Mas ela me fez não ficar tanto tempo na fila esperando pelo ingresso. *-*

A peça foi linda, com direito à trilha sonora do filme homônimo. Com direito à foto com os atores no final do espetáculo. Com direito a conhecer uma família exemplar,: um pai que teria se tornado padre, se não conhecesse a sua bela, poliglota e futura médica, uma mãe que sorri, que conversa e explica o mundo para sua filha ainda criança, e uma menina doce, meiga, um anjo, que mesmo aos quatro anos tem uma formação voltado para as artes, pois já gosta de teatro, cinema e livros... Ah esses encontros que nos enchem de vida. Quando eu digo que o mundo não está perdido: Ainda há pessoas boas, sim! Eu acredito!

No mesmo dia, mais tarde, fui ao Teatro Carlos Gomes assistir o espetáculo Holoclownsto do grupo Troupp Pas D'argent - RJ. Fiquei super curiosa para saber como eles iriam abordar essa temática, foi uma pena eu ter chegado atrasada ao espetáculo, depender de ônibus nessas horas é ruim. Mas tudo bem, o importante foi encontrar aquela minha amiga, a que eu conheci no show do HG, porque ele fez isso: nos uniu!
E, para encerrar (Ufa!), fui assistir ao espetáculo Cinderella, no Teatro Carlos Gomes, com minha amiga mineira, aquela que eu conheci na fila, no segundo dia do Festival, lembra? O espetáculo foi lindo, mas o mais legal foi ter conversado com os atores no final: a Cinderella e o príncipe, são na vida real um verdadeiro casal, tão lindos! Fiquei encantada com eles, não só pela apresentação do espetáculo, mas pelo modo como trataram todos que se aproximaram para tirar fotos, ou conversar, ou as duas coisas, como foi no meu caso! rsrsrsrsrs
Resultado: o espetáculo não termina com os aplausos. O teatro vai muito além de apenas assistir e aplaudir, representar, repetir e reproduzir. Vai muito além! O teatro não é só mágico, é real também, nos aproxima dos outros e consequentemente de nós mesmos. Neste universo, de riso e de choro, tanto o artista quanto o admirador, ambos cabem, ambos se bastam, ambos sabem que a arte não só imita a vida, porque a arte já é a própria vida.

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